quarta-feira, 28 de julho de 2010

Amanhecer

28.07 Enfim nós estamos aqui de novo, no mesmo parágrafo com a mesma dicção e utilizando a mesma grafia. Pelo simples fato de falar de coisas alheias a compreensão humana e ao entendimento convencional.
No fundo, todos já passamos por aquela fossa significante; janelas fechadas, porta trancada, tudo desligado, ouvir noticias de fora das impermeáveis quatro paredes é uma atitude insuportável. E bom, eu queria dizer que isso não leva a nada, mas leva sim. Se nunca passarmos pelo constrangimento de nos sentirmos afetados, jamais daremos valor aos nossos sorrisos.
Na noite, quando seus olhos pesam e parece que todas as sombras à sua volta tentam te picar em pedaços, o coração bate forte e a respiração tranca. Mas quando amanhece o sol está lá como sempre esteve. É a mesma rotina todos os dias: acordar, ajudar as pessoas a superar seus traumas da noite, iluminar as coisas boas para que sejam vistas e se por novamente. Nós deveríamos ser assim, mas não somos. Preferimos sempre sermos as pessoas indefesas traumatizadas pelo escuro da noite, do que o sol que nasce grandioso e inabalado para dar ênfase às belas artes..

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