Viale della Vita

25.09 Eu não sei confiar, não sei escutar palavras ao vento e acender velas de cera. Eu não gosto de sorvete de chocolate demais, não gosto de silencio demais, não gosto de chorar.. demais!
Eu não sei deixar o telefone tocar e não atender, por que a curiosidade sempre fala mais alto. Eu não sei dançar pagode, tampouco faço questão de aprender. Mas eu gosto de batidas, de musicas ou não. Gosto delas por que não consigo ouvir meu coração batendo perto delas, ou talvez ele as imite, não sei.
Eu não gosto de besouros por que fazem barulhos irritantes quando batem na parede, são como tique-taques de um relogio que as pessoas não gostam, eles me atormentam, assim como refrigerante sem gás e fanta-laranja com sorvete de morango.
Eu não sei elogiar constantemente, não sei por quê, talvez me sinta um pouco sinica ou puxa-saco fazendo isso. Portanto, não me dou bem com pessoas egocentricas, por que elas querem meus elogios e eu não os dou. Acho que isso é bom, não faço questão de me aproximar desse tipo de pessoas.
Eu sou timida quando faço questão, e um pouco solta demais quando não deveria ser. É bom por que só atraio pessoas que gostam disso, que gostam de mim assim.
Não gosto de idolatria, mesmo que algumas pessoas à mereçam. Me sinto mal sendo fã de alguém, é como se estivesse pondo-a muito acima de mim, tornando-a alguém bom demais que eu nunca vou ser. Por que eu não seria? Eu sou tão boa quanto esses famosos, a unica diferença é que ninguém ainda sabe disso!
Eu sou um pouco exagerada, ou melhor, finjo ser. Para ter assunto! Sou perfeccionista e exigente com os outros, mas as vezes esqueço de ser comigo mesma. Não sou pessimista, mas otimista eu sou menos ainda. Não costumo esperar demais bons resultados de algo por que, caso ele dê errado, pelo menos eu já estava preparada. E quase ninguém gosta quando eu faço isso.
Eu sou bastante ciumenta, também. Mas não demonstro isso, pelo contrario, reprimo demais! Reprimo tanto que chega a parecer que não gosto de alguém ou não me importo com ela, controlo tanto que as vezes solto alguém demais, e me ferro, é claro! Mas esse negocio de ciumes é complicado demais. Se você prende, é controladora, se solta ou é desinteressada ou acaba sendo traida. É complicado agradar alguém no quesito ciumes, mas eu acredito que se você solta e a pessoa abusa da sua confiança, ela não gosta realmente de você então, um fim é muito bem vindo!
Talvez eu não seja exatamente independente, mas detesto depender de alguém. Pode demorar bem mais e ser bem mais dificil, mas não quero ninguém me levando pela mão pelos caminhos que eu faço. Não preciso de homem nenhum para trocar as lâmpadas, e nem de uma amiga para desabafar. Eu faço comigo mesma, mesmo que seja complicado, mas dá certo.
Sou meio expansiva e acabo falando demais pra quem não merece, mas tenho segredos que eu escondo de mim mesma as vezes. Tem muitas coisas sobre mim que nem meu diario sabe, isso é bom, por que tenho novidades para mim mesma o tempo todo. É divertido saber de coisas que ninguém mais sabe, estar no meio de zilhões de pessoas e saber que nenhuma delas sabe; e rir disso!
Eu sou sensivel as vezes, e não gosto disso. É um pouco rude da minha parte dizer isso à mim mesma, mas eu me sinto vulneravel demais quando sou sensivel, e vulnerabilidade não é uma coisa com a qual eu tenha gostado de conviver.
Não sou a pessoa preferida de ninguém, ou pelomenos eu não sei disso. Mas sei que já marquei a vida de alguém pelomenos uma ou duas vezes. Por sinal, gosto de me sentir assim; importante na vida de alguém. Eu nunca salvei uma vida, mas posso te-la tornado mais interessante. Por que sempre acreditei que toda historia tem dois lados, o bom e o ruim; e vem de cada um dar atenção aos dois e julgar qual é o seu preferido. O ruim nem sempre é o ruim, por que é do ruim que vem a maioria das lições de vida. E é por dizer isso que as pessoas dizem que eu faço apologia as más coisas, e estão extremamente erradas! Eu sou a favor das mais boas vibrações possiveis, mas se existem as más, por que não tirar lições delas? Aprendi isso nos livros, que por sinal, são uma das coisas que eu mais amo no mundo. Por que me tranquilizam, me fazem viajar e esquecer do mundo.
E, acima de tudo, eu sei que posso ser quem eu quiser. Talvez eu não possa ser o homem-aranha por que teias me deixam um pouco enojada. Mas se eu quiser ser o super-homem, por que não? Quem disse que eu não posso ter uma super-força e tudo mais? Nunca se sabe ué! Se eu quiser sair poraí enxergando através das roupas intimas alheias e salvando gatos de cima das arvores, ninguém pode me dizer que não. Isso só depende de mim e da minha boa vontade. E de um cirurgião para me tornar homem antes de me tornar super, é claro!
Sou um pouco vingativa, egoista e vaidosa. O que não é tão ruim assim. Prefiro ser vingativa do que ser tonta, talez eu esteja errada mas, quem pode julgar? Prefiro ser egoista do que por todos na minha frente e ficar sempre com as sobras, isso também pode ser uma horrivel falta de humildade mas, é o que eu penso. E vaidosa, é claro, é muito melhor do que detestar a mim mesma e ter uma baixa auto-estima. Acho que nisso ninguém vai discordar, certo? Bom, é aquela coisa dos dois lados da historia, eu escolhi esses!
Eu acredito em Deus, e sei que se eu não acreditasse talvez eu fosse alguém completamente diferente, e sei que sem Ele eu não teria chegado onde eu cheguei. Sei que é dEle que vai vir tudo o que eu preciso, mesmo que eu não mereça.
Sou orgulhosa com as coisas boas que faço, mas não me arrependo de grande parte das ruins por que, como diz aquele velho ditado, o que não mata fortalece. Então eu penso: se eu não estou morta depois de todas essas burradas, eu devo estar realmente muito forte! E me sinto orgulhosa. É um ciclo, eu sei.
Eu não sei bem quem eu quero ser da vida nem o que eu vou fazer daqui pra frente, mas pretendo me sair bem caminhando com minhas proprias pernas e alcançar a felicidade que eu for capaz de agarrar com os braços esticados.
Na verdade eu não sei bem quem eu sou, mas vou vivendo, com esse meu jeito meio errado e desajeitado, mas vivendo. Isso é o que importa.