
Pra quem diz que um ano não é nada, é por que nunca ficou um ano longe de quem gosta. A moda muda em um ano, as girias mudam, as vitrines, o mercado de trabalho, as tecnologias, os sentimentos... por que não, então, as pessoas? Ninguém chega ao dia trinta e um de dezembro pensando exatamente como no dia primeiro de janeiro, ninguém chega à ultima hora do ano gostando de alguém do mesmo jeito que gostava na hora zero de janeiro; alguns sentimentos diminuem, quem sabe acabam, alguns se transformam e outros até aumentam, mas nunca são iguais!
Não chegamos ao dia trinta e um de dezembro com todas as promessas que fizemos debaixo dos fogos e regadas a champagne cumpridas! Na verdade, a grande maioria delas é esquecida junto com a ressaca da manhã do dia seguinte. Não sei se as pessoas deviam se decepcionar com isso, talvez prometer o que não se cumpre seja uma forma de ter esperança no inviavel.
Alguns amigos são os mesmos, alguns são novos e outros são simplesmente pessoas que já não fazem tanta diferença. Os rostos são diferentes, a voz é diferente, os pensamentos são diferentes.
Ninguém pedrifica-se no primeiro dia do ano e se descongela no ultimo; o sangue circula, os olhos enxergam, a boca fala e os pensamentos se alteram mesmo que imperceptivelmente.
No final do ano as pessoas sempre dizem: "este foi o melhor ano da minha vida"; mas e qual ano que nunca foi o melhor da vida? À cada que se passa, coisas novas se aprendem e se descobrem e por que isso não seria um motivo para fazer daquele ano o melhor de todos, até agora? O proximo vai ser ainda melhor, e assim sucessivamente!
Foi um ano com muitos sorrisos, frases, palavras, textos, memórias, lágrimas, lembranças, jantares, abraços, doces, medos, risadas, almoços, festas, aniversarios, aulas, passeios, beijos, derrotas, carinhos, desesperos, saudades, amor, simpatia, confusões, bagunças, amigos, perguntas, guerras, noites, debates, descobertas, nuvens, paixões, felicidade, compreensão, ignorancias, vitórias, arrependimentos, estrelas, calor, piscinas, perdões, cafés da manhã, bolachas, brincadeiras, intimidades, areias, torcidas, sustos, historias, brigas, conselhos, gargalhadas, suspensões, fotos, horizontes e brigadeiros; e a unica coisa que tudo isso tem em comum é que foram inesqueciveis, sejam eles bons ou ruins.
Eu tenho os meus planos para o ano que vem, mas o mais certo é que daqui à trezentos e sessenta e oito dias eu pense completamente diferente de hoje, derrepente eu nem concorde comigo mesma.
Pois é, dois mil e dez já está deixando de ser realidade e passando a ser uma memória. Que os doze meses que se sucedem sejam tão bons quanto os que passaram; que cada um encontre a sua batida e se liberte e que tudo o que aconteceu nesse ano se repita, as coisas ruins divididas ao meio e as coisas boas triplicadas! E que sejam bem vindas as boas vibrações!
Adorei, você escreve muito bem!
ResponderExcluir(Sou da tog, rs.)
Muuito obrigada *-*
ResponderExcluir